segunda-feira, 19 de julho de 2021

Mate nesta fonte a sede e sangre o morto.
Muitos desta fonte em vão beberam, ávidos.
Doidos vinham, doidos iam... Somem... Pronto...
Bocas secas, febres, rostos brancos, pálidos...
Muitos deles sofrem dores fortes - muitos! -
Muitos deles não sorriem nunca mais,
Muitos deles não vieram quando prontos,
Muitos bebem pouco, pouco é demais,
Poucos sabem, mas ninguém explica nada,
Quem explica sem saber explica tudo,
Mais explica a gente em voz sem voz, calada.
Deixem para o tolo o som vazio do todo,
     Pois a fonte esgota o novo e o velho fogo,
     Pois a fonte é o fogo, seu forte afago.