Ao contemplarmos ouro --e diamantes--
--Repara-- o tempo passa, e seu valor
Saltava-nos aos olhos há instantes
--Pincelados de tão perfeita cor.
A cor da branca flor fenece antes...
Debruça-se, lamenta-se e então cai.
--Também nós lamentamos ser passado
O tempo da açucena que se vai...
Ao relermos das vidas os resumos
--Repara-- o tempo passa, e perseguimos,
Como Layne no verso da canção
Diz, mentiras em erros de impressão.
terça-feira, 11 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Se me diz
Desejava saber ser a verdade,
Se me diz que me diz do coração
--Que juntos tomaremos a cidade--,
Mas sei que (se me diz) me diz em vão.
Desejava buscar felicidade.
Ao menos seus olhares fossem puros
Eu vê-la-ia enorme e enternecia,
Mas sei que me abandona nos apuros.
As mulheres não são imaculadas,
As oportunidades calculadas
Longe verá que a bomba me explodiu
--E a puta fingirá que não me viu.
Se me diz que me diz do coração
--Que juntos tomaremos a cidade--,
Mas sei que (se me diz) me diz em vão.
Desejava buscar felicidade.
Ao menos seus olhares fossem puros
Eu vê-la-ia enorme e enternecia,
Mas sei que me abandona nos apuros.
As mulheres não são imaculadas,
As oportunidades calculadas
Longe verá que a bomba me explodiu
--E a puta fingirá que não me viu.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Moleque
Algum tempo atrás pude ser moleque,
Moleque irresponsável, distraído,
E que a fonte dos gozos também seque
Não suspeitei a tempo, fui banido,
Adeus, Terra do Nunca! Ser moleque,
Quem diria, tem data pra expirar!
Onde tudo da vida tem seu prazo
Não há encarregado de acordar
Pra vida quem não quer ser acordado,
Infelizmente... Tolo e descuidado
Algum tempo atrás fui, fui negligente:
Quem é que me acordou tão de repente?
Moleque irresponsável, distraído,
E que a fonte dos gozos também seque
Não suspeitei a tempo, fui banido,
Adeus, Terra do Nunca! Ser moleque,
Quem diria, tem data pra expirar!
Onde tudo da vida tem seu prazo
Não há encarregado de acordar
Pra vida quem não quer ser acordado,
Infelizmente... Tolo e descuidado
Algum tempo atrás fui, fui negligente:
Quem é que me acordou tão de repente?
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Bagagens
Mariposa, mariposa,
Tu vais queimar tuas asas!
(Casimiro de Abreu)
Eu próprio carreguei minhas bagagens.
Sofri sozinho o peso do pesar
De carregar cá dentro tais bobagens
Até nada restar para ocupar.
Eu próprio viajei minhas viagens
Carregado do medo e da esperança
Até que essa esperança torna medo
Que me virá vergar e que me vença.
Até que essa esperança torna dúvida
Nas expressões da minha cara estúpida
(Enquanto eu carregar sem perceber
Que nada já me resta que perder).
Tu vais queimar tuas asas!
(Casimiro de Abreu)
Eu próprio carreguei minhas bagagens.
Sofri sozinho o peso do pesar
De carregar cá dentro tais bobagens
Até nada restar para ocupar.
Eu próprio viajei minhas viagens
Carregado do medo e da esperança
Até que essa esperança torna medo
Que me virá vergar e que me vença.
Até que essa esperança torna dúvida
Nas expressões da minha cara estúpida
(Enquanto eu carregar sem perceber
Que nada já me resta que perder).
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