A Ansiedade diz-me, Sentirei
Saudades suas, antes de senti-las,
Pois hoje a vejo, mas a não verei.
Mergulho em mil ausências intranquilas.
A ausência que se sente agora some
Na fogueira do Tempo, que a consome,
E a lembrança saudosa que ficar
Deixo que fique; quer-me já lembrar.
Se, ansioso, perdido em conjecturas,
Desejo afogar nelas meu temor
De não voltar a vê-la aonde for,
Que vá viver da vida as aventuras
Com saldo positivo em alegria
Quão alegre era o meu dia, se a via.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Um dia estou contente por chover,
Por contentar-me a chuva por um dia,
E por um dia dela me esquecer
Sem perceber que dela me esquecia.
Um dia me percebo descontente,
E sonho em ser o estoico indiferente,
A desprezar qualquer contentamento,
E a esperar que tristeza e sofrimento
Um dia cessem, como a chuva cessa
Um dia, como um dia há de cessar,
Pouco importa sorrir, pouco chorar
Importa, e por que então ter tanta pressa
Em busca de algo sempre a lhe fugir
Mesmo que a chuva pare, ou se cair?
Por contentar-me a chuva por um dia,
E por um dia dela me esquecer
Sem perceber que dela me esquecia.
Um dia me percebo descontente,
E sonho em ser o estoico indiferente,
A desprezar qualquer contentamento,
E a esperar que tristeza e sofrimento
Um dia cessem, como a chuva cessa
Um dia, como um dia há de cessar,
Pouco importa sorrir, pouco chorar
Importa, e por que então ter tanta pressa
Em busca de algo sempre a lhe fugir
Mesmo que a chuva pare, ou se cair?
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