Um dia estou contente por chover,
Por contentar-me a chuva por um dia,
E por um dia dela me esquecer
Sem perceber que dela me esquecia.
Um dia me percebo descontente,
E sonho em ser o estoico indiferente,
A desprezar qualquer contentamento,
E a esperar que tristeza e sofrimento
Um dia cessem, como a chuva cessa
Um dia, como um dia há de cessar,
Pouco importa sorrir, pouco chorar
Importa, e por que então ter tanta pressa
Em busca de algo sempre a lhe fugir
Mesmo que a chuva pare, ou se cair?
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