sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Habitual

Tomo o remédio que mitiga o mal,
Para sintoma mitigar sintoma.
Mal que subtrai é bem, também, que soma,
Mas bem e mal são causas, não é pau

Se nasce pedra, pedra até o final,
É quem possui, se também é quem toma,
Será romano quem nasceu em Roma.
Talvez o cure, talvez não. Tal qual

O habitual em nossa frágil vida
De criatura de carbono impuro,
Em transes tantos da batalha infinda,

E então derrota, e então um fosso escuro
Donde não há escapatória, e finda
Tal qual o fruto que caiu maduro.

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