Minha face parece meditar
Em sua expressão, mas não sei dizer
Que é que em quem medita faz pensar,
Que é que em quem medita fá-lo crer
Na máscara que escolhe para usar,
Se sei que não possui em si saber.
Eu sei, mas por saber ser ignorante
Entristeço-me e ponho uma careta
Em minha cara feia, e, vacilante,
Tento encarar a gente, que é escorreita.
Há em todos um louco delirante
A pensar possuir razão perfeita.
Cada um se defende como pode
E cada um fará esforço inútil
Sem saber, e, se o sabe, quem acode
Ao chamado de seu motivo fútil?
Com seu motivo fútil enfim concorde,
E em concertar qualquer coisa de útil
Aplique-se. Quem há, que ajudar pode?
Olha o 2016 super produtivo! Que bom ver seus poemas chegando no mundo.
ResponderExcluirAbração
Valeu, Lupus!
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