segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cruel carrasco

Para cicatrizar essa ferida
Que o fez sangrar, não tema o próprio sangue,
Tenha-a estancada. E tenha exangue,
E tenha já vencido, e já sem vida,

Quem segura o punhal que a provocou,
Que não é sabedor quem não é rápido,
Quem poupa um inimigo porco, esquálido,
Da ira que ele próprio originou.

A quem atira flechas mostre o escudo,
A quem não obedece tenha mudo,
A quem quer a caneta dê um giz;

Antes busque a vingança que o perdão,
Antes cruel carrasco que a ilusão
Que o marcou, machucou, fê-lo infeliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário