terça-feira, 16 de abril de 2013

Reflexos confusos

Não busque, a aflição nunca se repete,
Depois que aflições há pouco lhe fica
Além de um mau humor que não se explica,
Do cansaço dos cem aos vinte e sete,

Dos reflexos confusos, das difusas
Reflexões, do reflexo desse velho
Que todas as manhãs vê nesse espelho,
De expressões aflitivas, sós, obtusas;

Que causa o espanto a não querer olhá-lo?
Carcaça tão nojenta não há tal,
Por que representar tamanho abalo?

Não se concebeu mal tão poderoso,
Só sua covardia é anormal,
Não lhe faz bem seu caldo venenoso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário