A Ansiedade diz-me, Sentirei
Saudades suas, antes de senti-las,
Pois hoje a vejo, mas a não verei.
Mergulho em mil ausências intranquilas.
A ausência que se sente agora some
Na fogueira do Tempo, que a consome,
E a lembrança saudosa que ficar
Deixo que fique; quer-me já lembrar.
Se, ansioso, perdido em conjecturas,
Desejo afogar nelas meu temor
De não voltar a vê-la aonde for,
Que vá viver da vida as aventuras
Com saldo positivo em alegria
Quão alegre era o meu dia, se a via.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Um dia estou contente por chover,
Por contentar-me a chuva por um dia,
E por um dia dela me esquecer
Sem perceber que dela me esquecia.
Um dia me percebo descontente,
E sonho em ser o estoico indiferente,
A desprezar qualquer contentamento,
E a esperar que tristeza e sofrimento
Um dia cessem, como a chuva cessa
Um dia, como um dia há de cessar,
Pouco importa sorrir, pouco chorar
Importa, e por que então ter tanta pressa
Em busca de algo sempre a lhe fugir
Mesmo que a chuva pare, ou se cair?
Por contentar-me a chuva por um dia,
E por um dia dela me esquecer
Sem perceber que dela me esquecia.
Um dia me percebo descontente,
E sonho em ser o estoico indiferente,
A desprezar qualquer contentamento,
E a esperar que tristeza e sofrimento
Um dia cessem, como a chuva cessa
Um dia, como um dia há de cessar,
Pouco importa sorrir, pouco chorar
Importa, e por que então ter tanta pressa
Em busca de algo sempre a lhe fugir
Mesmo que a chuva pare, ou se cair?
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Alguém cuja existência for tranquila
Sabe que o caos existe, não obstante.
Alguém a quem a dor não aniquila
Sabe que o bem é breve e o mal constante
Como a saúde é breve e o parasita
É indiferente a quem quer que o resista,
E, indiferente, leva-o à morte -
A morte é indiferente à mão da sorte;
E quem, que pense ser especial,
Das atribulações sói ser poupado,
Como se fosse um ente imaculado,
Pode-se até dizer celestial,
Sói ser a causa ao mal de muita gente;
A todos prejudica, indiferente.
Sabe que o caos existe, não obstante.
Alguém a quem a dor não aniquila
Sabe que o bem é breve e o mal constante
Como a saúde é breve e o parasita
É indiferente a quem quer que o resista,
E, indiferente, leva-o à morte -
A morte é indiferente à mão da sorte;
E quem, que pense ser especial,
Das atribulações sói ser poupado,
Como se fosse um ente imaculado,
Pode-se até dizer celestial,
Sói ser a causa ao mal de muita gente;
A todos prejudica, indiferente.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Manhã primaveril, manhã chuvosa,
E o meu sono é o estio permanente,
E a chuva da manhã impiedosa,
Primavera de céu relampejante,
Trovejante, inquieto, revolvido.
O meu sono, por fim, interrompido.
Se o sol reaparece, dissipada
A escuridão, da voz enfim calada
Da tempestade ecoa, repercute
Em tudo sob as nuvens, que molhou.
Dos sonhos entre as nuvens me acordou.
Sonhar durante o sono. Um vão desfrute.
Ao despertar, cá dentro a intimidade
Em todos é perene tempestade.
E o meu sono é o estio permanente,
E a chuva da manhã impiedosa,
Primavera de céu relampejante,
Trovejante, inquieto, revolvido.
O meu sono, por fim, interrompido.
Se o sol reaparece, dissipada
A escuridão, da voz enfim calada
Da tempestade ecoa, repercute
Em tudo sob as nuvens, que molhou.
Dos sonhos entre as nuvens me acordou.
Sonhar durante o sono. Um vão desfrute.
Ao despertar, cá dentro a intimidade
Em todos é perene tempestade.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Minha alma pelo dia singra,
Minha alma nunca singrará,
Menina e loura e já contente
De ser quem pensa que será,
Pensante em como se pensar,
Pensar a si própria pensante,
Pensar sobre si, radiante,
Pensar sobre como pensar
Minha alma pelo dia azul
Nos céus, pelo dia encarnado
Nas chamas do incêndio do prédio
Onde os homens sofrem o tédio
De que se alimenta a matéria,
Pois o dia nasce e dourado
Surge a nós, sol imaculado,
Uma alma que falta e que sangra.
Minha alma nunca singrará,
Menina e loura e já contente
De ser quem pensa que será,
Pensante em como se pensar,
Pensar a si própria pensante,
Pensar sobre si, radiante,
Pensar sobre como pensar
Minha alma pelo dia azul
Nos céus, pelo dia encarnado
Nas chamas do incêndio do prédio
Onde os homens sofrem o tédio
De que se alimenta a matéria,
Pois o dia nasce e dourado
Surge a nós, sol imaculado,
Uma alma que falta e que sangra.
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Senhoras e senhores aqui reunidos
No altar dos palavrórios inanes falidos
Da súcia que lhes embota diariamente
A lâmina do raciocínio já sem corte;
Prometem melhores escolas aos seus filhos
Para o futuro do país entrar nos trilhos,
Prometem leitos nos hospitais do país,
Prometem remédios p'ros pés e p'ro nariz
Gratuitamente, prometem asfaltar ruas
Há anos a levantar a poeira nuas,
Sem o asfalto, nos bairros da periferia
Hábeis, como nos bairros nobres se faria,
Promovem eventos, abastecem churrascos,
Tudo já garantido, à prova de fiascos,
Se assim não lhes convencem, pagam-lhes dinheiro
Porque não valem o que deixam no banheiro.
No altar dos palavrórios inanes falidos
Da súcia que lhes embota diariamente
A lâmina do raciocínio já sem corte;
Prometem melhores escolas aos seus filhos
Para o futuro do país entrar nos trilhos,
Prometem leitos nos hospitais do país,
Prometem remédios p'ros pés e p'ro nariz
Gratuitamente, prometem asfaltar ruas
Há anos a levantar a poeira nuas,
Sem o asfalto, nos bairros da periferia
Hábeis, como nos bairros nobres se faria,
Promovem eventos, abastecem churrascos,
Tudo já garantido, à prova de fiascos,
Se assim não lhes convencem, pagam-lhes dinheiro
Porque não valem o que deixam no banheiro.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Habitual
Tomo o remédio que mitiga o mal,
Para sintoma mitigar sintoma.
Mal que subtrai é bem, também, que soma,
Mas bem e mal são causas, não é pau
Se nasce pedra, pedra até o final,
É quem possui, se também é quem toma,
Será romano quem nasceu em Roma.
Talvez o cure, talvez não. Tal qual
O habitual em nossa frágil vida
De criatura de carbono impuro,
Em transes tantos da batalha infinda,
E então derrota, e então um fosso escuro
Donde não há escapatória, e finda
Tal qual o fruto que caiu maduro.
Para sintoma mitigar sintoma.
Mal que subtrai é bem, também, que soma,
Mas bem e mal são causas, não é pau
Se nasce pedra, pedra até o final,
É quem possui, se também é quem toma,
Será romano quem nasceu em Roma.
Talvez o cure, talvez não. Tal qual
O habitual em nossa frágil vida
De criatura de carbono impuro,
Em transes tantos da batalha infinda,
E então derrota, e então um fosso escuro
Donde não há escapatória, e finda
Tal qual o fruto que caiu maduro.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Fumos
Você frouxo vingou a alta encosta
Em seu caminho posta por fortuna
Como pedágio à alma que se enfuna,
Como enfunada esteve a alma posta
Nesse traje de carnes de que gosta.
Foi rósea, tal flora da piúna,
Agora é negra alga da lacuna,
Restou, malbaratada e mal disposta.
Tem ainda amanhã nova batalha
Onde nova derrota e esforço vão
Ser-lhe-ão a mortalha que lhe embrulha
O fumo de tão pálida ilusão.
Pite como um cigarro vil de palha
O orgulho desse frouxo coração.
Em seu caminho posta por fortuna
Como pedágio à alma que se enfuna,
Como enfunada esteve a alma posta
Nesse traje de carnes de que gosta.
Foi rósea, tal flora da piúna,
Agora é negra alga da lacuna,
Restou, malbaratada e mal disposta.
Tem ainda amanhã nova batalha
Onde nova derrota e esforço vão
Ser-lhe-ão a mortalha que lhe embrulha
O fumo de tão pálida ilusão.
Pite como um cigarro vil de palha
O orgulho desse frouxo coração.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Rotina
Outra página aberta
Da rotina de alguém,
Pois ninguém se comove,
Não se carpe ninguém
A cumprir com um dia
Que a um dia sucede
Para outro chegar
Que nem cheira e nem fede
Como o dia que cai
A tardar já, também,
Para outro chegar,
Da rotina de alguém;
Outra página aberta
Presa às páginas soltas
A soltarem-se ao vento
Entre as idas e as voltas.
Da rotina de alguém,
Pois ninguém se comove,
Não se carpe ninguém
A cumprir com um dia
Que a um dia sucede
Para outro chegar
Que nem cheira e nem fede
Como o dia que cai
A tardar já, também,
Para outro chegar,
Da rotina de alguém;
Outra página aberta
Presa às páginas soltas
A soltarem-se ao vento
Entre as idas e as voltas.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Quem há?
Minha face parece meditar
Em sua expressão, mas não sei dizer
Que é que em quem medita faz pensar,
Que é que em quem medita fá-lo crer
Na máscara que escolhe para usar,
Se sei que não possui em si saber.
Eu sei, mas por saber ser ignorante
Entristeço-me e ponho uma careta
Em minha cara feia, e, vacilante,
Tento encarar a gente, que é escorreita.
Há em todos um louco delirante
A pensar possuir razão perfeita.
Cada um se defende como pode
E cada um fará esforço inútil
Sem saber, e, se o sabe, quem acode
Ao chamado de seu motivo fútil?
Com seu motivo fútil enfim concorde,
E em concertar qualquer coisa de útil
Aplique-se. Quem há, que ajudar pode?
Em sua expressão, mas não sei dizer
Que é que em quem medita faz pensar,
Que é que em quem medita fá-lo crer
Na máscara que escolhe para usar,
Se sei que não possui em si saber.
Eu sei, mas por saber ser ignorante
Entristeço-me e ponho uma careta
Em minha cara feia, e, vacilante,
Tento encarar a gente, que é escorreita.
Há em todos um louco delirante
A pensar possuir razão perfeita.
Cada um se defende como pode
E cada um fará esforço inútil
Sem saber, e, se o sabe, quem acode
Ao chamado de seu motivo fútil?
Com seu motivo fútil enfim concorde,
E em concertar qualquer coisa de útil
Aplique-se. Quem há, que ajudar pode?
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Perplexo
Notamos só crescer em nós idade.
Não notamos crescer sabedoria.
Notamos só surgir melancolia;
Atar em nós no peito um nó covarde
Com que singramos sós pela cidade
No enfrentamento vão de mais um dia;
Pois quem que esteja são que vingaria
Em extrair da vida a ambiguidade?
Com ser humano vem viver perplexo
E perplexo morrer. Com ser humano
Vem viver num casulo desconexo
Donde se tenta não cair insano
Ao enxergar o caos em seu reflexo
Por centenas de dias todo ano.
Não notamos crescer sabedoria.
Notamos só surgir melancolia;
Atar em nós no peito um nó covarde
Com que singramos sós pela cidade
No enfrentamento vão de mais um dia;
Pois quem que esteja são que vingaria
Em extrair da vida a ambiguidade?
Com ser humano vem viver perplexo
E perplexo morrer. Com ser humano
Vem viver num casulo desconexo
Donde se tenta não cair insano
Ao enxergar o caos em seu reflexo
Por centenas de dias todo ano.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Acontece
Acontece que estou triste
E não vejo onde há beleza
Porque a mim a natureza
Existindo que inexiste.
Se calhar, porque estou triste
Que me surge esta tristeza
Só cercada de incerteza.
Não a sinto e já me existe.
O triste ao belo procura
Por pura ingenuidade.
Beleza a dor não lhe cura.
Tristeza não dói, não arde.
Uma insípida tortura
A amargar a Eternidade.
E não vejo onde há beleza
Porque a mim a natureza
Existindo que inexiste.
Se calhar, porque estou triste
Que me surge esta tristeza
Só cercada de incerteza.
Não a sinto e já me existe.
O triste ao belo procura
Por pura ingenuidade.
Beleza a dor não lhe cura.
Tristeza não dói, não arde.
Uma insípida tortura
A amargar a Eternidade.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Destino
Estranho destino
O deste menino
Estranho e sozinho.
Cruzou seu caminho,
Feroz e letal,
Medonho animal
Saído dos sonhos
Dos seres medonhos
Dalgum matagal
Do etéreo onde o Mal
Assenta-se além.
As garras das patas,
O fogo nas vistas,
As presas à mostra,
À destra e à sestra
O seu corpanzil,
tal qual pau-brasil,
Vermelho, e delgado,
Em ágil bailado
Que lembra um felino
Confunde o menino,
Pois não lhe parece
Tentar atacá-lo;
Talvez assaltá-lo
Enquanto assustado
Por ver-se cercado
Seu medo lhe cresce.
Não logra fugir,
Não há discutir
Tentar escapar
À besta sem par,
Tenaz assassina
Que vidas rapina,
Sem pares no ardil,
Que o Inferno pariu?
Assim lhe parece.
No auge do transe
A testa ele franze
Agora que nota
Que tal besta ignota
Está refletida,
E é só seu reflexo,
A sombra e o anexo
Da fera temida,
Que agora o detém.
"Não posso entender;
Se dei com o espelho,
Mas não apareço;
Pois desde o começo
Que quem quer se ver,
Quão jovem, quão velho,
Se gordo, se esguio,
Atenta ao reflexo,
E nada mudou..."
"E nada mudou",
Responde-lhe a fera,
"O mundo é o mesmo.
A fera que espera
Diante do espelho
Já foi um menino
De estranho destino,
Que em mim se tornou".
O deste menino
Estranho e sozinho.
Cruzou seu caminho,
Feroz e letal,
Medonho animal
Saído dos sonhos
Dos seres medonhos
Dalgum matagal
Do etéreo onde o Mal
Assenta-se além.
As garras das patas,
O fogo nas vistas,
As presas à mostra,
À destra e à sestra
O seu corpanzil,
tal qual pau-brasil,
Vermelho, e delgado,
Em ágil bailado
Que lembra um felino
Confunde o menino,
Pois não lhe parece
Tentar atacá-lo;
Talvez assaltá-lo
Enquanto assustado
Por ver-se cercado
Seu medo lhe cresce.
Não logra fugir,
Não há discutir
Tentar escapar
À besta sem par,
Tenaz assassina
Que vidas rapina,
Sem pares no ardil,
Que o Inferno pariu?
Assim lhe parece.
No auge do transe
A testa ele franze
Agora que nota
Que tal besta ignota
Está refletida,
E é só seu reflexo,
A sombra e o anexo
Da fera temida,
Que agora o detém.
"Não posso entender;
Se dei com o espelho,
Mas não apareço;
Pois desde o começo
Que quem quer se ver,
Quão jovem, quão velho,
Se gordo, se esguio,
Atenta ao reflexo,
E nada mudou..."
"E nada mudou",
Responde-lhe a fera,
"O mundo é o mesmo.
A fera que espera
Diante do espelho
Já foi um menino
De estranho destino,
Que em mim se tornou".
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Ouça
Embora possa ouvir, finge-se surdo
E diz que tudo ouviu sem ouvir nada.
Quisera fosse a voz sua calada.
Quisera todo tolo fosse mudo.
Quisera eu, por bem maior do mundo,
A razão, por mil vezes usurpada,
Por uma vez apenas fosse dada
Em razão de aplicado e longo estudo;
Mas a fogueira enorme das vaidades,
Ainda um dia a arder um dia a mais,
Mais lenha se lhe lançam dia a dia,
Mais crescem os desejos e as vontades,
Cresta as vistas, se longas por demais;
Mas se creu sábio o louco, enquanto ardia.
E diz que tudo ouviu sem ouvir nada.
Quisera fosse a voz sua calada.
Quisera todo tolo fosse mudo.
Quisera eu, por bem maior do mundo,
A razão, por mil vezes usurpada,
Por uma vez apenas fosse dada
Em razão de aplicado e longo estudo;
Mas a fogueira enorme das vaidades,
Ainda um dia a arder um dia a mais,
Mais lenha se lhe lançam dia a dia,
Mais crescem os desejos e as vontades,
Cresta as vistas, se longas por demais;
Mas se creu sábio o louco, enquanto ardia.
terça-feira, 1 de março de 2016
Às vezes
Às vezes, escurece ao fim do dia;
Às vezes, escurece; e vem a aurora;
Às vezes, escurece o sol que ardia;
Às vezes, se escurece, vou-me embora;
Às vezes, sob a lua eu me estendia;
Às vezes, vejo, à noite, alguém que chora;
Às vezes, nasce à noite a covardia;
Às vezes, temos medo a qualquer hora;
Às vezes, temos medo de temer;
Às vezes, dias, horas, - até - meses,
Às vezes, de nenhuns medos haver,
Às vezes, para sermos-lhes fregueses;
Às vezes, para sermos só, por ser
Viscoso o breu de ser a nós, às vezes.
Às vezes, escurece; e vem a aurora;
Às vezes, escurece o sol que ardia;
Às vezes, se escurece, vou-me embora;
Às vezes, sob a lua eu me estendia;
Às vezes, vejo, à noite, alguém que chora;
Às vezes, nasce à noite a covardia;
Às vezes, temos medo a qualquer hora;
Às vezes, temos medo de temer;
Às vezes, dias, horas, - até - meses,
Às vezes, de nenhuns medos haver,
Às vezes, para sermos-lhes fregueses;
Às vezes, para sermos só, por ser
Viscoso o breu de ser a nós, às vezes.
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